quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Bolsa de valores

Nos últimos decênios, o sistema financeiro internacional passou por transformações radicais. A economia norte-americana revelou-se capaz de  contornar a seqüência de crises que a abalava desde o final dos anos 1960 até o início da década de 1990, ainda que temporariamente e não de fato; espaços passíveis de serem explorados pela economia de mercado foram abertos com o colapso da União Soviética e a queda dos regimes comunistas do Leste europeu; emergiram novas tecnologias de informação e comunicação capazes de exercer  uma compressão na relação espaço/tempo de modo antes inimaginável; postularam- como investir na bolsa






se políticas liberalizantes condensadas no Consenso de Washington, que acabaram por delinear os novos contornos deste mercado financeiro de ativos/passivos.
É exatamente neste contexto, de suposta florescência econômica, em que se estabelece a livre circulação de capitais por todos os recantos do globo – facilitada pela possibilidade de se ponderar rentabilidade, risco e liquidez entre uma  pluralidade dos mais diversos ativos financeiros, postos lado a lado em uma tela de computador –, que este capítulo se inscreve. Em termos explícitos, trata-se de analisar como se caracteriza e se inter-relaciona, neste panorama global, a institucionalidade da Bolsa de Valores de São Paulo. Qual sua posição no conjunto; isto é, qual a particularidade dessa inserção nos quadros de uma economia subalterna. O que está em questão é apreender na BOVESPA o fluxo financeiro e produtivo internacional no sistema, assim como a especificidade brasileira no âmbito desse mesmo sistema. investidor de sucesso

Segundo a proposta anteriormente anunciada, pretendemos analisar o movimento da BOVESPA na dinâmica do sistema em seu conjunto. Necessariamente, ter-se-á que privilegiar o movimento internacional do capitalismo, no último decênio do século 20, caracterizado pela eclosão de crises financeiras seqüenciais. Aparentemente, tratava-se de eventos típicos do mercado de capitais nesse período. De fato, havia especificidades que exigem um tratamento que aponte para suas formas de estruturação. Todavia, uma análise cuidadosa dessas crises recentes pressupõe a compreensão da montagem do sistema monetário das economias capitalistas do pós-II Guerra Mundial, estabelecido pelo acordo de  Bretton Woods, em 1947, ele próprio resultado da crise produzida pelo conflito e sujeito da nova configuração, uma vez que passou a regular as relações do mercado como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro


43            José Ricardo Gonçalves alerta-nos para esta forma de abordagem do tema.





capitalista estabelecidas desde então. Uma observação se impõe: o acordo de Bretton Woods teve como participantes centrais de personalidades do porte de John Maynard Keynes, de quem a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda44 representa um esforço criativo para destrinchar o encadeamento dos fatos que levaram à crise e, sobretudo, apresentar alternativas que saneassem o sistema  como um todo. Sua obra, como se sabe, foi inspiração para as medidas de reequacionamento promovidas depois da crise de 1929, entre elas a política do New Deal, de Roosevelt.45 Por essas razões, o presente capítulo contém uma reflexão que tem como ponto de partida a consideração do sistema financeiro que estava na base da Crise de 1929, até porque é com referência a esse momento que as propostas derivadas do acordo de Bretton Woods são construídas. como investir na bolsa

Tendo em vista a problemática delineada, discutiremos, na primeira parte deste capítulo, especialmente, os seguintes autores: Karl Polanyi, Barry Eichengreen, François Chesnais e Robert Guttmann, referências centrais para o enquadramento da questão que nos propusemos a analisar. Complementarmente, serão consideradas as reflexões de Hyman Minsky e Robert Brenner, na medida em que eles permitem não apenas construir as inferências gerais, bem como analisar a dinâmica do capitalismo desde o pós-guerra, embora privilegiando facetas diversas:  a do capital financeiro e a do capital produtivo. Nesta análise, a noção de capital fictício, elaborada por Marx, permitirá dar conta da natureza do capital financeiro que se rentabiliza nas bolsas de valores. curso bolsa de valores

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